Tive uma briga com meu esposo por causa da minha sogra e, desde então, estamos sem nos falar. Hoje quero contar como tudo aconteceu — talvez você se identifique ou, quem sabe, tire algo disso pra sua própria vida.


🍽️ O almoço que virou tempestade

No fatídico domingo, já estava combinado de irmos almoçar na casa de um casal de amigos — dois casais e os filhos. De repente, meu esposo avisou que havia chamado a mãe dele para ir junto. Eu já fiquei desconfortável. Ele sabia que eu não estava bem com ela, mas ainda assim me perguntou:

“Tudo bem pra você?”

Mesmo contrariada, disse que sim. O convite já estava feito e ela já estava pronta. Só que eu sabia, naquele momento, que meu domingo de paz tinha ido embora.


😒 Indiretas que só eu percebo

Minha sogra é daquelas que age no silêncio, com indiretas que só quem convive percebe. Chegando na casa dos nossos amigos, ela começou: toda vez que meu marido me pedia algo, ela se antecipava e fazia no meu lugar. Pequenas coisas, mas que aos poucos vão corroendo.

Tínhamos um combinado: se ele bebesse demais, eu seria a motorista da vez. E ele já tinha dito que ia exagerar um pouco. Mesmo assim, minha sogra passou o dia inteiro me pressionando para não deixar ele beber — mesmo eu explicando que já estava combinado entre nós.

Por que ela não falava com ele, diretamente? Por que só comigo?

Parecia provocação, parecia querer causar discórdia.


💥 O estopim: a briga com a sogra

No fim da tarde, estressada e cansada, fui conversar com meu marido. Foi meu erro: ele já estava alterado pela bebida e não aceitou ouvir críticas à mãe dele.

Ela ouviu nossa conversa e perguntou:

“Por que vocês estão brigando? O que aconteceu?”

E eu, de saco cheio, gritei:

“Estamos brigando por sua causa!”

Essa frase foi o estopim. Meu esposo se levantou, gritando, dizendo que eu estava ofendendo a mãe dele. Começou a ofender minha mãe — que nem estava presente — e veio pra cima de mim. Foi contido pelo amigo, dono da casa. Uma vergonha. Chegamos a esse ponto. Na casa dos outros.


🧩 Depois da briga com a sogra

Depois disso, parei de falar com ela. Meu marido e eu decidimos parar de beber e começamos terapia de casal. Porque essa briga não foi isolada — ele nunca me tratou bem, e só depois que falei que iria embora, ele começou a mudar.

Estamos nesse processo há quase um mês. Vejo melhoras sim, mas ainda há muito a caminhar.


🧘‍♀️ A paz que eu ganhei

Nesse meio tempo, ele tentou me convencer a voltar a falar com a mãe dele. Mas quer saber? Eu ganhei minha paz. Ela mora duas ruas abaixo da minha casa, mas não faz falta. Nunca se preocupou com os netos, nunca ajudou em nada.

Hoje sei que não preciso fingir que gosto de alguém só porque “é da família”. Eu não sou falsa. Não quero essa falsidade perto de mim.


💬 Um conselho de coração

Se você está passando por algo parecido, te digo: priorize sua paz mental. Sua saúde, seu equilíbrio, sua energia. Eu aguentei 10 anos por achar que era o certo, por tentar agradar a todos. Mas a que custo?

Vale a pena perder sua paz por alguém que só te puxa pra baixo, mesmo que seja sua sogra?

Hoje, além das marcas emocionais, luto contra doenças psicológicas que nasceram dessa tentativa de agradar o mundo. E me pergunto: quem faz por mim? Quem me prioriza?

Agora eu me priorizo. E você deveria fazer o mesmo.
Se sobrar tempo, aí sim você faz pelos outros. Mas se quiser, diga que não tem. Pra aprenderem que você não está sempre disponível.

Nem todo mundo merece a sua energia.

Com carinho!

Priscila.


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