Fui levar meu filho de 4 anos ao psicólogo. Ele tem um jeitinho muito particular de ser, é mais quietinho, tem dificuldade na comunicação — e até a professora da creche já tinha comentado sobre isso. No fundo, eu queria entender se ele poderia ter traços de autismo.

Durante a consulta, a psicóloga observou com atenção, foi acolhedora, e disse que sim, ele pode apresentar algumas características do espectro. Mas me explicou algo que mudou minha forma de ver tudo: autismo não é uma doença, é uma característica. E ela vai continuar avaliando com calma antes de dar qualquer diagnóstico.

Mas o mais surpreendente não foi o que ela disse sobre meu filho. Foi o que ela viu em mim.

Ela pediu pra fazermos um desenho juntos. Simples assim. E, através daquele momento, ela começou a perceber algo mais profundo. Ela falou sobre minha história, sobre a minha relação com a minha mãe, sobre feridas emocionais que talvez nunca tenham sido tratadas — e eu chorei. Chorei como há tempos não chorava.

Foi ali que ela me disse algo que me arrepiou:
“Essa dor não resolvida sua está passando para os seus filhos.”

Na hora, doeu. Doeu demais. Mas fez sentido.

A gente acha que está bem só porque segue em frente. Que não precisa de terapia porque está dando conta da rotina, das crianças, da casa, do trabalho. Mas estar funcionando não é o mesmo que estar curada. E eu entendi, ali, naquele consultório, que cuidar de mim também é cuidar dele.

Fui buscar respostas sobre meu filho… e encontrei perguntas sobre mim.


Uma pausa para refletir:

Ser mãe é um ato de entrega constante. Mas não podemos nos esquecer que filhos aprendem com o que veem — e se eles veem uma mãe que não se cuida, que esconde a dor, que engole o choro, talvez cresçam achando que é isso que se espera deles também.

Terapia não é um luxo, é um ato de coragem.
Cuidar de si é uma forma profunda de amar os filhos.


📌 E você, já viveu algo assim? Já se descobriu no processo de cuidar de alguém? Compartilha comigo nos comentários, vamos trocar experiências. Você não está sozinha.


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